domingo, 8 de fevereiro de 2009

O começo...

Estava em fuga desesperada da escrita, relapso com as letras, abandonando vogais e consoantes a seus próprios destinos infelizes. Tomei uma importante decisão, preciso me reencontrar com as frases, construir diálogos em meu novo teclado, naquele em que ainda não consigo encontrar o ponto de interrogação (sempre acreditei nas ironias do destino e da ortografia). Essa é uma das razões da criação deste blog e nem é a principal. Aparentemente pretensioso em seu nome de batismo, Benjamin é a sobrevivência...do jornalista desencantado, mas ainda a germinação de um escritor, um dramaturgo, um cronista, um roteirista, um atrapalhado tateando um lugar, uma escolha, um detalhe. Para além do exercício textual, do delete do que parece inconveniente ou do que não pode ser público, existe a necessidade urgente de me expressar, de me sentir tocado com energias tão díspares, com o carinho virtual dos amigos. Sou um carente assumido, daqueles com carteirinha e participação ativa no sindicato da categoria. Contudo, um alerta importante: deixarei os dedos e a mente livres nesses raros momentos de tentativas de autoconhecimento. Perdoe-me a nova regra ortográfica, vou tentar segui-la, mas ela não aprisionará meus pensamentos. Mesmo diante da carência revelada, não tenho grandes preocupações se serei lido ou comentado, mas claro que seria interessante. Sou uma pessoa de contradições, outra confissão que já antecipo. Benjamin é a minha maneira de conexão com os diversos plugues: cultura (cinema - o encanto arrebatador -, teatro – o impacto presenciado, artes plásticas – a dor e a cor reunidas), amor (esse vício fascinante), família e amigos (necessários e queridos), profissão, existência e resistência. Certamente causarei alguns curtos-circuitos e choques de alta tensão em meu dia-a-dia. Choques, desde que abaixo de 120 volts, podem tirar da letargia e alterar a apatia. Ok, última confissão: aprecio rimas!

Um comentário:

  1. Rô, aí vai o seu primeiro comentário...rs. Nada mais natural entre duas pessoas que vivem em conexão perfeita. O que seria de nós se não fossemos, de vez em quando, fitas isolantes um do outro para conter os choques da vida? Parabéns pelo blog, adorei o texto de abertura, nem precisa de assinatura, é seu mesmo, do começo ao fim, intenso e verdadeiro como você. Quero mais...beijos. Luciene

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