sexta-feira, 12 de junho de 2009

Os recomeços diários

Retomo este blog após alguns meses tenebrosos. Os textos que poderiam estar aqui encontram-se em um singelo caderno devidamente guardado em uma estante - lá faço anotações quase diárias, em uma diversidade temática descomunal, mas uma unidade: as camadas da dor e do amor sempre presentes. Ok, não só um fenômeno de popularidade no universo cibernético (meu devaneio anterior só teve uma leitora, em compensação, trata-se de uma leitura mais do que especial e fiquei privilegiado e comovido com a mensagem da Luciene). Como a cada dia saio de minha condição de misantropia gostaria de ter novos leitores. Beleza, vamos seguir com mais um recomeço. Essa questão do recomeço tem dominado minhas reflexões atuais. Personagens tão díspares como Ferreira Gullar e Rita Lee deram declarações semelhantes sobre a reinvenção diária a que todos nos submetemos ao acordar para encarar o cotidiano, ou seja, recomeçamos constantemente, mesmo que estejamos com outras pessoas, em paisagens diferentes, climas distintos. Portanto, meus caros amigos, não há tempos desperdiçados e "Viver Sem Tempos Mortos" (título do necessário espetáculo com a Fernanda Montenegro) mesmo quando se fica hospitalizado ou se perde alguém, o renascimento está atado a todos nós. Ok, é um "pinto" de vista, contudo seguir essa corrente causa enorme bem a esse canceriano tão sentimento! Prometo a mim que não te abandonarei, já penso nas próximas tentativas de sair dessa Poética do não-ser!

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